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ANEEL lança ação de comunicação para prevenir incêndios próximos a linhas de transmissão

A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL começou a divulgar em 02/09, uma ação de comunicação com orientações para a prevenção de incêndios próximos a linhas de transmissão de energia. A iniciativa, que será difundida ao longo dos meses de setembro e outubro, visa a conscientizar a população para a tomada de atitude no caso de encontrar fogo em áreas que venham a ameaçar torres e cabos de transmissão. Com o mote “É incêndio? Ligue para 193!”, a ação de comunicação, empreendida com recursos internos da Agência e de parceiros, será propagada para todo o território nacional. Os materiais orientativos estão disponíveis para divulgação voluntária em www.aneel.gov.br/campanha-incendios-2021. O foco será direcionado às cidades pelas quais passam linhas com registro de alta incidência de desligamentos devido a incêndio, desde 2016. O acompanhamento das linhas mais atingidas, realizado pela fiscalização da ANEEL com apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e com o Operador Nacional do Sistema (ONS), pode ser verificado nesta aplicação. Também receberão enfoque especial localidades percorridas pelo “linhão” Xingu-Estreito, conjunto de linhas em grande parte responsável pelos carregamentos de energia elétrica gerada nas regiões Norte e Nordeste e transportada até o Centro-Sul do país. Esse recorte não apresenta incidência acentuada de incêndios, porém a magnitude da energia transmitida demanda que a população local seja alertada para afastar qualquer risco. Dentro desse conjunto, estão cidades nos estados do Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. Na época da seca, de maio a outubro, os incêndios estão entre as principais causas de desligamento forçado no sistema de transmissão de energia elétrica, que hoje possui mais de 165 mil quilômetros de linhas e de 406 mil mega-volt-ampères (MVA) em capacidade de transformação. Com a crise hídrica deste momento, uma ação de comunicação para a preservação das condições de transmissão de energia elétrica é ainda mais oportuna, uma vez que a energia gerada nas regiões Norte e Nordeste, em especial os excedentes de geração provenientes de fontes renováveis eólica e solar fotovoltaica que precisa ser transmitida sem intercorrências até os principais centros consumidores de energia elétrica do país.

Medidas de fiscalização e prevenção

A fiscalização da ANEEL reforçou as medidas de prevenção nos últimos anos para prevenir perturbações e desligamentos da rede de transmissão ocasionados por incêndios. Um episódio do ANEELcast, podcast produzido pela Agência, relata os principais avanços nesse sentido. A Agência intensificou a divulgação dos riscos para a população, por meio de ações de comunicação de utilidade pública, e executou um acompanhamento mais detalhado da limpeza anual das faixas de segurança das principais linhas de transmissão. As faixas de segurança são as áreas com corte raso (supressão), ou naquelas linhas mais recentes com corte seletivo da vegetação próxima às torres e aos vãos entre torres das linhas de transmissão, as quais devem ser controladas para evitar que o fogo se aproxime e que a diminuição da isolação proporcionada pelo ar ambiente (ionização) provoquem desligamentos. Em 2017 e 2018, a fiscalização da ANEEL desenvolveu, em parceria com o INPE e o ONS, o Sistema de Gestão Geoespacializada da Transmissão (GGT), sistema que monitora a limpeza das faixas de segurança das linhas de transmissão de responsabilidade das transmissoras. A geoespacialização é a tecnologia que permite relacionar, em uma mesma base de dados, informações mapeadas sobre determinado objeto à sua localização geográfica. Incorporada às instalações de transmissão de energia elétrica, consiste na implantação e manutenção de uma base de dados contendo informações da localização de cada torre da linha de transmissão. O INPE fornece à Agência imagens de satélite que são processadas no âmbito do GGT de modo a demonstrar de um lado a atividade de conservação da faixa pela transmissora e de outro os principais focos de incêndio no país, por meio de mapas de calor. O ONS, por sua vez, fornece a base de dados contendo os desligamentos de linhas de transmissão provocados por queimadas e a localização dos pontos que provocaram esse tipo de desligamento ao longo da linha. O cruzamento das informações dos desligamentos com as atividades de conservação realizadas de forma tempestiva e a incidência dos focos de queimadas identificados nas imagens de satélites permite identificar o resultado das ações das transmissoras na gestão desse tipo de incidente. Em 2021, o GGT monitora aproximadamente 30 mil km de linhas. Abrange 82 linhas de transmissão estrategicamente escolhidas em função de sua importância, a qual é dada pelos níveis de tensão de projeto (500 kV e 765 kV), pela sua importância para o desempenho operacional do Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo histórico de desligamentos provocados por queimadas. Também são monitoradas pelo GGT todas as linhas de transmissão de 600 kV e 800 kV em corrente contínua responsáveis pela conexão dos bipolos associados ao escoamento da geração das usinas hidrelétricas do rio Madeira (Jirau e Santo Antonio) e de Belo Monte, no rio Xingu. A abrangência do GGT é ampliada a cada ano e a expectativa da ANEEL é de que todas as linhas de transmissão da rede básica do SIN venham a ser monitoradas até 2022, com a criação da BDIT por força de Resolução Normativa da Aneel. Mais informações sobre o GGT estão disponíveis em: www.aneel.gov.br/ggt.

Como evitar incêndios e queimadas irregulares

Bastam medidas simples para evitar incêndios próximos à rede elétrica:

Não faça de modo algum queimadas para limpar pastagem ou plantio agrícola.

Não deixe restos de cortes de árvores, plantações ou pastagens acumuladas na beira da estrada, para que não sejam incendiados.

Mantenha seu terreno limpo. Faça aceiros ao redor de casas, currais, celeiros e outras construções, e mantenha-os roçados.

Apague as pontas de cigarro antes de jogá-las em lixeiras. Não jogue cigarros ou fósforos acesos à beira de estradas ou perto de campos e florestas.

Se vir fumaça ou algum foco de incêndio, avise imediatamente os bombeiros pelo telefone 193.

 Queimadas ilegais são consideradas crime. Segundo o Decreto 2.661, de julho de 1998, é proibido atear fogo em uma faixa de 15 metros dos limites de segurança das linhas de transmissão de energia e de 100 metros ao redor das subestações. O motivo é simples: além dos impactos ambientais e para a saúde da população, o calor gerado pelas queimadas pode provocar curto-circuito, desligar linhas de transmissão que podem causar interrupções no fornecimento de energia e grandes prejuízos para a sociedade. – Fonte: ANEEL (aneel.gov.br).

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